Perguntas e respostas - Live processo de homologação dos medidores de umidade de grãos pelo Inmetro

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A Gehaka agradece a participação de todos os clientes, parceiros e amigos durante a Live.

Durante a live ficou acordado que enviaríamos aos participantes as respostas às suas perguntas.

Para assistir novamente à live, clique aqui.

As perguntas foram tabuladas e respondidas pelo Alexandre Fernandes e Eduardo Bertini. Confira abaixo:

mfbrodrigues - Toda transação comercial para cereais necessita um aparelho para medição de umidade, porém com o ofício DIEML 39 todos os aparelhos podem ser usados nessas operações bastando para tanto passar por uma permissionária para reparo ou ajuste na medição?

Resposta: Belo, os medidores fabricados antes de 31/12/2003 estão fora de uso, vencida a obsolescência. Os posteriores a essa data e até 09/2017 podem receber o selo pós-reparo do Inmetro . Equipamentos sem modelo aprovado pelo Inmetro fabricados após 09/2017 são vedados para uso em transação comercial e não serão submetidos a controle metrológico.

 

mfbrodrigues - Portanto não necessita necessariamente como determina citado ofício ser homologado

Resposta: Belo, existe uma grande diferença ente o selo pós-reparo e o processo de homologação dos MUGs. Modelos homologados atendem ao rigoroso RTM (Portaria nº 402), diferentemente de um selo pós-reparo, que é uma assistência técnica permissionária que coloca o selo de reparado em um medidor sem homologação.

 

mfbrodrigues - Todos os modelos aprovados ou não estão aptos a serem usados em transações comerciais, mas caiu essa obrigatoriedade de homologação de acordo com oficio dimel 039 para transações comerciais?

Resposta: Modelos sem aprovação  fabricados a partir de 10/2017 são vedados para uso em transação comercial e não podem receber o selo de reparado na assistência técnica. Eles não se enquadram no ofício 39 de 12/2019. Somente os medidores fabricados entre 12/2003 e 09/2017 podem receber um selo de pós-reparo do Inmetro.

 

mfbrodrigues - Todos os equipamentos com princípio digital podem ser utilizados desde passem por uma permissionária para ajuste ou reparo? 

Resposta: Não. Somente poderão receber o selo de reparado os modelos que estejam dentro dos prazos de validade da obsolescência de acordo com a Portaria nº 104 de 03/2019. A seguir, os prazos de obsolescência:
 

Ano de fabricação do medidor de umidade de grãos

Prazo para retirada de uso

De 01/01/2015 a 30/09/2017

31/12/2028

De 01/01/2012 a 31/12/2014 

 31/12/2024

De 01/01/2008 a 31/12/2011

31/12/2021 

De 01/01/2004 a 31/12/2007 

31/12/2020

Até 31/12/2003

31/12/2019

 

mfbrodrigues - O maior problema para o agronegócio fica nas altas umidades em que os homologados  perdem a precisão, pois já fizemos alguns ensaios nos períodos de sagra e a distorção é imensa!

Resposta:  A diminuição de precisão em alta umidade é esperada e até prevista na Portaria nº 402, pois calcula-se o EMA 

 

mfbrodrigues -Quando da fiscalização por parte do Inmetro e sendo constatado o erro no aparelho homologado dentro de um período de uso, quem arcara com a multa?

Resposta: A responsabilidade pelo uso é do detentor do instrumento, bem como a sua manutenção. Considerando o impacto que esse instrumento causa no negócio, recomendamos que seja efetuada uma medida diária, comparando-a com a estufa ou o CA50.

 

mfbrodrigues - Os dois aparelhos homologados ou não se estiverem em perfeito estado de aferição e calibração, obrigatoriamente tem que dar o mesmo resultado?

Resposta: Sim. Se tiverem a mesma curva de calibração e estiverem com a manutenção em dia, as leituras devem apresentar um erro menor que +/-0,3%. Isso vale para instrumentos da Gehaka.

 

mfbrodrigues - Em uma hipótese, Alexandre, eu compro um determinador homologado Gehaka tipo um a dois meses de uso e recebo a fiscalização e constata que a leitura do aparelho está errada, quem arcara com a multa A indústria que vendeu ou a proprietária do aparelho?

Resposta:  O Inmetro não multará na primeira ocorrência. Ele lacra o instrumento e solicita que seja feita a manutenção, ficando o detentor do instrumento obrigado a enviá-lo para a assistência técnica do fabricante verificar o seu funcionamento. Caso o usuário não o envie, poderá receber uma multa e sofrer um processo administrativo por parte do Inmetro. Isso vale para qualquer fabricante.

 

vilmargomesgomes - É obrigatório ter o medidor de unidade homologado para todos os grãos?

Resposta: Vilmar, o medidor homologado é obrigatório para toda transação comercial envolvendo qualquer tipo de grãos. O modelo é aprovado examinando os cinco grãos solicitados na Portaria nº 402, mas pode ser utilizado com todos os grãos que o fabricante oferecer.

 

marina_kaufmann - Por que os equipamentos resistivos não podem ser mais utilizados?
Resposta: Marina, os medidores resistivos foram proibidos por destruírem a amostra e com isso impedirem a realização dos ensaios de repetitividade com a mesma amostra, entre outros fatores.

 

monago_martins - É recomendado que faça a manutenção todo ano nos equipamentos homologados?

Resposta: Junior, a Gehaka recomenda a manutenção preventiva anual, mas o risco deve ser avaliado pelo usuário e com isso a frequência de manutenção. Essa é uma responsabilidade do usuário.

 

marceloronquilabstore - Há diferença das Curvas de equipamentos homologados para os não homologados?
Resposta: Não para os instrumentos da Gehaka. Por exemplo, toda a geração de medidores de umidade da Gehaka que possam ser atualizados pela Internet, tais como G600i, G610i, G939 e G810 , têm a mesma curva que os medidores homologados.

 

colacinomc -  Os equipamentos que ainda estão dentro do prazo de vigência desde que aletrado a curva e lacrado pelo INMETRO não pode ser mais usado para transação comercial?

Resposta: Colaciomc, depende do modelo do equipamento, no caso da Gehaka são os modelos G939 e G810 fabricados entre 12/2003 e 09/2017, poderão ser utilizados até a data de obsolescência determinada pela sua data de fabricação e pela portaria 104 de 03/2019.


colacinomc - Pode ser usado o CA50 para comparação com equipamento homologado? Há divergência?

Resposta: Colaciomc, o ideal é que os equipamentos homologados sejam comparados com o padrão definido pelo Inmetro, que é a estufa, mas o CA50 tem uma correlação muito alta com a estufa.

 

bertiniolimpio - Eduardo e Alexandre, todos os equipamentos fabricados pela Gehaka são homologados ou tem algum que não necessariamente pode ou não poderá continuar sendo usados

Resposta: Olimpio, a Gehaka possui dois modelos homologados pelo Inmetro, o G1000 e o G2000. Os demais modelos novos, G610i, G650i, G939 e G810, são comercializados, porém, são vedados para uso em transação comercial. Os modelos fabricados entre 12/2003 e 09/2017 podem ser utilizados desde que recebam o selo de reparado.

 

chriscibella - Como é feito autorização das oficinas técnicas?

Resposta:  Chris, as oficinas precisam atender a uma série de requisitos técnicos obrigatórios pelo Inmetro e ter um atestado de capacidade técnica emito pelo fabricante.

 

jonatan_teixeira - Eu tenho um medidor fabricado em 2016, sou obrigado a ter esse equipamento com selo reparado?

Resposta: Jonatan, se for utilizado em transação comercial, você deverá encaminhar o seu medidor para a assistência técnica autorizada. Ele ganhará o selo de pós-reparo do Inmetro e perderá toda e qualquer possibilidade de criação de curvas ou ajustes. Caso não seja utilizado em transação comercial, você poderá continuar criando escalas, e o instrumentos ganhará o selo de “VEDADO O USO EM TRANSAÇÃO COMERCIAL”. 

 

zeroquirino - Acima de 16% vocês tem acompanhado o desempenho do equipamento homologado de vocês?

Resposta:  Caro Zé Quirino, sim! A Gehaka dispõe de uma equipe espalhada pelas principais regiões produtoras do país, coletando amostras e abastecendo nosso laboratório. Como consequência, as curvas/escalas são constantemente testadas em época de safra. Não esqueça que o fabricante tem a obrigação de manter suas curvas atualizadas a cada 2 anos.

 

Luizcarlos.rodrigues.142687 -  Milho safrinha com muita unidade como se comporta o determinador de umidade?
Resposta: Luiz Carlos, milho com muita umidade não é a medida mais fácil de se fazer. Acima de 22% de umidade, nos MUGs da Gehaka se faz compulsória a média de três para garantir um resultado mais preciso.

 

anselmoa3 - Como na balança existe o peso padrão para verificação do equipamento, vai ter algo no mercado que seja um padrão para o produtor verificar o seu medidor?
Resposta: Anselmo, infelizmente, não. Essa foi a primeira pergunta feita pelo Inmetro em 2006, quando todo esse processo se iniciou. O padrão é a estufa, porém, a Gehaka possui laboratório acreditado pelo Inmetro para medir umidade de grãos e pode fornecer amostras com umidade conhecida juntamente com um certificado.

 

luizrafaelbuttner - Como está a questão do tipo de curva a utilizar para um produto específico?

Resposta:  Luiz, nos equipamentos homologados, o Inmetro proíbe a possibilidade de se ter duas curvas para uma mesma cultura. Por exemplo, não se pode ter duas curvas de milho em um mesmo aparelho, mesmo que para faixas distintas, e devemos ter uma única curva para todas as variedades em todo o território nacional.

 

pereiracostawanklan - Porque os medidores acima de 29 de umidade tem que fazer 3 amostras?
Resposta:  Pereira, notamos que acima de 22% de umidade o desvio padrão das medidas fica alto.  Com isso, fazem-se necessárias as três repetições para minimizar as diferenças na medição  de uma mesma amostra, pois em algumas culturas os grãos têm a umidade muito heterogênea e o resultado pode variar conforme o jeito como os grãos se acomodam dentro da câmara de medida.

 

heitor.camargo.566 - Tenho dois equipamentos de marcas diferentes, ambos de bancada.... na umidade alta está dando diferença fora de 0.7% de um para o outro
Resposta: Heitor, para sabermos o real erro, devemos comparar os dois instrumentos com a estufa. Podemos ter uma situação em que um indica um erro de +0,35% e outro um erro de -0,35%, e os dois estão medindo dentro dos limites de erro, mas a diferença entre eles é de 0,7%! O importante é o erro em relação à estufa estar dentro do limite de EMA (Erro Máximo Admissível) estabelecido pelo Inmetro na Portaria nº 402. O EMA será de +/-0,8% até 16% na estufa. Acima disso, multiplique a umidade nominal por 0,05%. Por exemplo, em 30% de umidade, os equipamentos podem “errar” +/- 1,5 para verificações em campo. Na verificação inicial e na assistência técnica, será a metade de erro.

 

Marciawittwitt - Nas transferências entre filiais se carrega em um dia com 16% de unidade, aí deixa enlonado para descarregar no outro dia, esse produto no mesmo aparelho aumento a umidade? Porque?

Resposta: Márcia, vale muito cuidado com a amostragem. Se os grãos forem retirados da superfície, eles certamente terão um teor de umidade maior por conta da lona ressuar. Dependendo do grão, ele pode ser higroscópico, ou seja, pode ganhar ou perder umidade dependendo do clima. Porém, essa variação não pode ser muito grande. 

 

leo.silva.vidal - Qual será o equipamento utilizados para as verificações no Inmetro?

Resposta:  Leo, o Inmetro pode verificar de duas formas: com os grãos que têm seu teor de umidade determinado na estufa ou comparando o mesmo modelo de instrumento e fabricante .

 

Roo_taques - Aparelhos recuperados irão receber somente curvas homologadas ou será mudado os sistemas dos mesmos?

Resposta: Roo, equipamentos que se enquadram para ganhar selo de reparado ganham um novo software que contém as mesmas curvas dos modelos aprovados. Ficam impossibilitados o ajuste e a criação de curvas.

 

Luiz - Ex. analisando uma amostra de milho em 3 aparelhos: G2000; G800; CA50, houve uma variação acima de 2 pontos. Obs. Umidade acima de 30%. Qual a melhor forma de ajustar essa medição? Obrigado

Resposta: Luiz, o ideal seria comparar sempre com o padrão de estufa, pois é a metodologia adotada pelo Inmetro e a que os fabricantes utilizam para criar as escalas/curvas de umidade.

 

Nataliacorreasousa - Como fica a questão de cultura úmida e seca? Vejo muito este problema principalmente em milho e algumas vezes em soja....Muitos geram está “dúvida” quando comparam um homologado com um aparelho por 
Resposta: Natalia, os EMAs devem ser respeitados nos instrumentos com modelo aprovado. O ideal é sempre comparar o instrumento (medidor de umidade) com a estufa.

 

kikokaufmann - O erro é igual em qualquer faixa de umidade?
Resposta: Kiko, quanto maior a umidade medida, mais complexa fica a leitura para o MUG e os EMAs ficam maiores também. O EMA (Erro Máximo Admissível) estabelecido pelo Inmetro na Portaria nº 402 será de +/-0,8% até 16% na estufa.  Acima disso, multiplique a umidade nominal por 0,05%. Por exemplo, em 30% de umidade os equipamentos podem “errar” +/- 1,5 para verificações em campo. Na verificação inicial e na assistência técnica, será a metade de erro.

 

daniel_vicentini - Qual a periodicidade da fiscalização realizada pelo IPEM de cada estado?

Resposta: Daniel, teoricamente, uma vez ao ano. Considerando que o mesmo técnico que verifica uma balança rodoviária vai verificar o MUG também, tome essa frequência como referência.

 

Zeroquirino - Pra eu terminou e não falou sobre o desempenho do medidor homologado deu, vocês em teor de água em milho acima de 18%

Resposta:  Zé, ensaiamos as escalas das principais culturas brasileiras com amostras de todas as regiões produtoras e em toda a faixa de umidade!

 

09thai - No caso a é a validade do fornecedor ou de acordo com o uso. Certo??? Porque se usa bastante, o ideal é realizar a calibração/manutenção antes do previsto
Resposta:  09thai, o fabricante recomenda um ano. Porém, a periodicidade do envio do MUG para revisão fica sob responsabilidade do detentor do instrumento e depende do impacto que essa medida pode causar no seu negócio.

 

geovane.mendes.142 -  Boa noite Dudu, o G610 mede 100% o café em coco?
Resposta: Geovane, tudo bem? A escala de café em coco vai de 20% a 50% de umidade, nesta faixa de umidade é leitura é precisa, abaixo de 20% de umidade se faz necessário descascar a amostra para uma medida precisa.

 

joao.leonardo.980315 - Soja chega na unidade com temperatura do grão acima de 35 graus e com muitos grãos verde, existe peça na medição.
Resposta: João Leonardo, os instrumentos homologados pelo Inmetro são ensaiados com a mesma amostra em 25 graus e depois calculado o erro medindo em 10 graus e 40 graus essa diferença não pode ser maior que 0,2%, portanto o efeito da temperatura será compensado. Quanto aos grãos verdes, é uma condição extrema e possibilita um erro na leitura, apesar do Inmetro considerar grão verde como impureza. 

 

sidineia.martins.52 -  O equipamento homologado atende o produto farelo de soja?
Resposta: Sidineia, sim! O equipamento que é homologado pode ser utilizado para transação comercial de todos os grãos que estão disponíveis.

 

Danilomarquesshigino - A obsolescência é 10 anos após a data de fabricação, correto!

Resposta:  Danilo, não exatamente. Depende do ano de fabricação do instrumento. Segue abaixo a tabela de obsolescência de acordo com a Portaria nº 104:
 

Ano de fabricação do medidor de umidade de grãos

Prazo para retirada de uso

De 01/01/2015 a 30/09/2017

31/12/2028

De 01/01/2012 a 31/12/2014 

31/12/2024

De 01/01/2008 a 31/12/2011

31/12/2021 

De 01/01/2004 a 31/12/2007 

31/12/2020

Até 31/12/2003

31/12/2019