Perguntas e respostas - Live em parceria com o Sindilimpe (PE)

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A Gehaka agradece a oportunidade de realizar a live em parceria com a diretoria da Sindilimpe (PE) e o Sebrae (PE).

Durante a live ficou acordado que enviaríamos aos participantes as respostas às suas perguntas e materiais para consulta.

Para acessar o conteúdo da palestra em PowerPoint, clique aqui.

Para assistir novamente à live completa, clique aqui.

As perguntas foram tabuladas e respondidas por Rogério Mendes. Confira abaixo:

1.    O que pode provocar um grande aumento da condutividade na osmose reversa?
Vários fatores, entre eles: rompimento das membranas; anéis de vedação mal colocados; temperatura alta na entrada (aumenta o permeio); condutividade alta na entrada (a osmose tem rejeição fixa que só varia um pouco em função do PH). É necessário analisar caso a caso. 

2.    As respostas serão dadas no grupo ou para cada um por mensagem privada?  
Publicaremos um artigo com as respostas as principais perguntas. 

3.    Vocês pensam em disponibilizar a apresentação?
Sim, em PDF.

4.    Qual é o tratamento mais indicado para saneantes em geral? Osmose? Deionizador?
Eu indico sempre osmose, pelos motivos que comentei na apresentação. Deionizador, apesar de ser uma tecnologia mais em conta, é difícil de validar e atualmente todas as legislações do mercado estão se harmonizando no sentido de validação; em breve todos deverão usar água seguindo compêndios de farmacopeia. 

5.    O sistema de tratamento por dióxido de cloro é uma boa alternativa em relação ao hipoclorito de sódio?
Sim. Porém, como ele é usado no estado gasoso, os riscos de manipulação são altos, e o custo também. O hipoclorito é uma alternativa mais em conta. 

6.    Vão falar sobre tratamento de água de caldeira?
Não nessa apresentação específica, mas trabalhei algum tempo com esse segmento e tenho algum conhecimento.

7.    Essa apresentação pode ser disponibilizada?
Sim, em PDF.  

8.    Quando houver presença de cloro na nossa água, mesmo com um filtro de carvão, fomos orientados a duplicar esse filtro (tirar um dos outros que estão presentes na osmose para colocar outro de carvão). Está correto?

Se a presença de cloro não puder ser controlada na entrada, é uma alternativa. Porém, dois filtros aumentam o risco de contaminação porque o segundo filtro permanecerá com uma região muito grande declorada. Eu recomendaria colocar um filtro maior em vez de dois e calcular melhor o volume de carvão para decloração, além de verificar a qualidade do carvão que está sendo usado. Uma medida interessante que classifica a qualidade de um carvão ativo é seu índice de iodo. Sugiro usar carvão com índice maior que 800.

9.    Como fazer o pré-tratamento de uma água mineral que vai passar por osmose para utilização na formulação de um cosmético?
Convencional, filtro de partículas, abrandador e filtro de carvão. Se a qualidade de água desejada no final do processo for inferior a 1,0 µS  , só a osmose não dará conta; sugiro combinar com deionizador ou eletrodeionizador.

10.    Para a cloração da água de poço, devemos usar o hipoclorito de cálcio ou de sódio como tratamento prévio para fins de água adicionada de sais para consumo humano?
Ambos são bons para cloração, mas para fins humanos eu recomendaria usar o hipoclorito de sódio, que é o que se faz em água de poço normalmente.

11.    Será contemplada a água WFI?
Nessa apresentação, não, mas é nosso maior mercado hoje. Nos últimos dois anos fizemos mais de 30 instalações em pequenas e médias empresas farmacêuticas, fabricamos máquinas totalmente validáveis com sanitização térmica e TOC on-line  , e e construímos muitos anéis de distribuição de água PW e WFI.

12.    Qual é a condutividade máxima que a água pode ter após o tratamento por osmose reversa? Ou isso depende muito do equipamento e da condutividade de entrada? Onde eu trabalho o máximo aceitável é 1,3 µs/m³, mas a gente trabalha sempre abaixo de 1,0.
Vai depender da norma que se pretende atender, que tipo de equipamento será usado (simples passo ou duplo passo) e da água de alimentação. Esse valor mencionado é o limite de uma água PW (AP) da Farmacopeia  

13.    Existe alguma técnica específica para retirada de hormônios da água? Ou no tratamento normal eles já são retirados?
Como são substâncias orgânicas eu sugiro osmose reversa seguida de tratamento por luz UV.

14.    Água deionizada pode ser usada na fabricação de saneantes?
Sim, mas os deionizadores não são validáveis e produzem contaminação microbiológica; eu recomendaria osmose reversa. 

15.    Água deionizada prejudica a formulação de colônias?
Não, mas os deionizadores não são validáveis e produzem contaminação microbiológica; eu recomendaria osmose reversa para obter uma água mais confiável. 

16.    A condutividade está sempre relacionada à presença de sais?
Sim, ou de gases como CO2 dissolvido, que na verdade acaba se transformando em ácido carboxílico e por fim num sal dissolvido. 

17.    A periodicidade de troca de cada elemento do pré-tratamento é definida para cada sistema de água ou há uma periodicidade padrão?
Depende de alguns fatores, como volume de água usado, qualidade de água de entrada e qualidade dos filtros e sistemas usados. Recomendo um acompanhamento para normalização de resultados e estudo de caso a caso. 

18.    Fale sobre a importância da sanitização dos sistemas de tratamento de água.
É de extrema importância. Atualmente as normas estão todas se harmonizando e indicando sanitização com água quente para etapas finais de purificação. Outras alternativas menos recomendadas são as sanitizações químicas e a utilização de ozônio. 

19.    Rogério, eu queria um curso com você sobre o assunto; será pouco essa live.
Obrigado pela participação. Você pode entrar em contato comigo e podemos conversar sobre suas dúvidas especificas. 

20.    E os sequestrantes?
Eu não recomendo o uso de sequestrantes a não ser em caso de extrema necessidade; por exemplo, uma água com alto índice de sílica, prejudicial a um sistema de osmose. Os produtos sequestrantes agregam à água outras impurezas que podem ser indesejáveis e aumentam o controle da validação. 

21.    No caso da osmose, o anel estourando também aumenta a condutividade?
Sim! Com certeza, principalmente se essa vedação separa em algum momento a água bruta ou rejeito do sistema. Pode acontecer contrapressão e fluxo invertido no sistema. 

22.    Qual é o teor máximo de cloro que posso ter na entrada da osmose para não danificar a membrana?
De modo geral os fabricantes de membranas recomendam menor que 0,1 ppm. Existem opções de membranas com maior resistência no mercado; o tempo de 1.000 horas @ 1 ppm   de cloro danifica totalmente uma membrana. 

23.    Qual é o papel da tecnologia de lâmpadas UV nos sistemas de purificação de água?
Basicamente, são dois: diminuir a carga microbiológica e reduzir o TOC (carbono orgânico total), mas cada lâmpada   precisa de um comprimento de onda diferente. Também podem ser usadas para redução de ozônio. 

24.    Rogério, pode nos explicar um pouquinho sobre osmose duplo passo?
Sim! É um sistema de duplo permeio, ou seja, a água tratada da primeira osmose alimenta a segunda osmose, porém com uma pressão menor, já que a pressão osmótica é reduzida (vide explicação sobre pressão osmótica). Há um grande equívoco, de um modo geral, em achar que quanto menos sal sair da primeira osmose menor será a condutividade final do processo. Não funciona assim. As membranas trabalham com seletividade e rejeição por taxa de concentração. Essa tecnologia já foi um grande diferencial; hoje, prefiro a combinação de tecnologias como osmose e eletrodeionização. É muito mais eficiente. 

25.    Simultaneidade do sistema sem estocagem? 
Não há problema. Nós calculamos os picos de alta demanda com variação intermitente e reposição automática em circuito fechado de água sempre pura. Nossos equipamentos possuem uma tecnologia que chamamos  de “direct feed always pure", já validamos dezenas de plantas farmacêuticas nessa modalidade. 

26.    Não entendi. Em um sistema, por exemplo, com 60 pontos de uso de água purificada, como se pode ter um equipamento de água e não ter o tanque o tanque de estocagem?
Não há problema. Nós calculamos os picos de alta demanda com variação intermitente e reposição automática em circuito fechado de água sempre pura. Nossos equipamentos possuem uma tecnologia que chamamos  de “direct feed always pure", já validamos dezenas de plantas farmacêuticas nessa modalidade.   

27.    Rogério, com o atender uma vazão especifica apenas com distribuição nos pontos sem estocagem?

Não há problema. Nós calculamos os picos de alta demanda com variação intermitente e reposição automática em circuito fechado de água sempre pura. Nossos equipamentos possuem uma tecnologia que chamamos  de “direct feed always pure", já validamos dezenas de plantas farmacêuticas nessa modalidade. 

28.    Tem alguma norma pela qual uma certa indústria precise de um TOC? 
Tanto a Farmacopeia Americana quanto a Brasileira recomendam a medida de TOC para confirmar que a água está na condição de purificada. É um teste quantitativo bem específico e seguro. Nós produzimos esse aparelho desde 2003 no Brasil.