A importância dos medidores de umidade de grãos

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Os medidores de umidade utilizados em transações comercias de grãos são responsáveis por medições que afetam diretamente as negociações de grandes volumes de produtos e têm um grande impacto econômico.


São instrumentos de medida utilizados em todas as etapas do processo produtivo, desde o momento da colheita, durante a secagem, no procedimento de armazenagem, na comercialização e na industrialização para a produção de alimentos para consumo humano e animal.


Os produtos agrícolas são todos comercializados em peso, portanto conhecer o teor de umidade dos grãos em cada uma das fases citadas acima é necessário e de fundamental importância.


No Brasil, em agosto de 2013, o Inmetro, fazendo uso de suas atribuições, publicou um inédito regulamento técnico metrológico que estabelece os rígidos requisitos que devem atender os instrumentos utilizados para a determinação da umidade na compra e venda de grãos. O referido regulamento define que todos os instrumentos, nacionais ou importados, que medem umidade dos grãos em transações comerciais devam estar de acordo com os requisitos das normas internacionais especificas, que estabelecem inclusive os erros máximos admissíveis nos resultados das medidas em relação ao método padrão de medição de umidade em estufa.


Segundo últimos levantamentos realizados pela Conab – Companhia Nacional de Abastecimento a produção geral de grãos no Brasil para a safra 2015/2016 está estimada em mais de 212,5 milhões de toneladas, incluindo café, gerando uma expectativa de receita que representa aproximadamente 15% do produto interno bruto nacional (PIB), ou seja, 830 bilhões de Reais.


Historicamente as perdas na produção de grãos no Brasil, em função de diversos fatores, atingem um índice de 10% (mais de 21 milhões de toneladas em 2016). Se considerarmos uma imprecisão de 1% nas medições de umidade realizadas com instrumentos que não estivessem devidamente ajustados, calibrados e controlados causaria perdas de aproximadamente R$ 7,5 bilhões.


Com o advento das ações do Inmetro que, a partir de 2017, passará a controlar os instrumentos medidores de umidade utilizados nas transações comerciais de grãos os prejuízos causados por medições inadequadas (imprecisas) serão significativamente reduzidos.


Fontes – Conab – Companhia Nacional de Abastecimento
Links:


http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/15_12_17_09_02_47_boletim_cafe_dezembro_2015_2.pdf
http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/16_02_04_11_21_34_boletim_graos_fevereiro_2016_ok.pdf

*As culturas estão distribuídas basicamente em duas safras, com colheitas no período de verão de grãos de soja, milho, arroz, feijões, algodão em caroço e sorgo, e no período de inverno com colheitas de Trigo, Cevada e Aveia principalmente.
Já o café a colheita usualmente ocorre no período de maio a agosto, dependendo da região produtora.